Governo Lula pode voltar a cobrar impostos nos combustíveis

governo federal tem um dia decisivo nesta segunda-feira, 27. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para definir se adia ou não a isenção de impostos federais sobre os combustíveis. Também participam do encontro o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O encontro está marcado para às 10h.

A desoneração do PIS/Cofins sobre os combustíveis acaba amanhã. A reoneração dos tributos, zerados durante o governo de Jair Bolsonaro e prorrogados por Lula em janeiro, pode provocar um aumento de até R$ 0,80 no litro na gasolina. No etanol, o efeito seria de R$ 0,25 por litro. O fim da isenção também traria um impacto relevante de até 0,6% nas projeções de inflação do mercado para o acumulado do ano.

Uma eventual prorrogação até o final do ano não seria nada barata e custaria algo em torno de R$ 20 bilhões aos cofres públicos.

Para Haddad, a reoneração do tributo já teria sido feita em janeiro, quando o prazo inicial havia encerrado. A ala política do governo pressionou e Lula concedeu, via medida provisória, mais dois meses de isenção. A justificativa era o aumento repentino dos preços dos combustíveis, o que impactaria a inflação e teria um custo político.

Lula terá que decidir entre uma derrota política do ministro da Fazenda ou um desgaste com o aumento do preço dos combustíveis. Uma possibilidade é fazer uma reoneração parcial do PIS/Cofins. A gasolina aumentaria em R$ 0,49. O etanol subiria R$ 0,06.

Revista Oeste


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