Israel bombardeia Gaza após incursão violenta na Cisjordânia

fogo e fumaça sobem sobre edifícios na cidade de Gaza quando Israel lançou ataques aéreos no enclave palestino no início de 27 de janeiro de 2023

Exército israelense informou que efetuou ao menos duas séries de bombardeios aéreos contra áreas do Hamas, após vários lançamentos de foguetes em direção ao sul do país

Israel bombardeou a Faixa de Gaza nesta sexta-feira, 27, em resposta aos disparos de foguetes a partir do território palestino, em um momento de tensão provocado por uma incursão israelense que deixou vários mortos na Cisjordânia ocupada. O Exército israelense informou que efetuou ao menos duas séries de bombardeios aéreos contra áreas do Hamas, após vários lançamentos de foguetes em direção ao sul do país, e anunciou que as explosões atingiram a cidade de Gaza. Até o momento, não houve relatos de feridos em nenhum dos lados. Nem Hamas e nem o  grupo Jihad Islâmica confirmaram serem os responsáveis pelo lançamento de foguetes, porém, o ataque acontece um dia depois de ambos terem prometido represálias devido à incursão violenta que aconteceu na quinta-feira, 26, e deixou nove pessoas mortas no campo de refugiados de Jenin, norte da Cisjordânia

A Jihad Islâmica afirmou nesta sexta-feira em um comunicado que os projéteis disparados “levam uma mensagem: o inimigo (Israel) deve permanecer alerta, porque o sangue palestino derramado custa caro”. A Autoridade Palestina classificou a incursão pela Cisjordânia como um massacre e anunciou que não irá mais cooperar com Israel em matéria de segurança. De acordo com a ONU, não eram registradas tantas mortes em apenas uma operação israelense na Cisjordânia desde o início dos registros das operações em 2005. O Departamento de Estado americano anunciou que o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, viajará na próxima semana a Israel e Cisjordânia para “reduzir as tensões”. O governo dos Emirados Árabes Unidos, que normalizou as relações com Israel em 2020, condenou “o ataque das forças israelenses” e pediu uma reunião “urgente” do Conselho de Segurança da ONU. Desde o início do ano, até 30 palestinos, civis ou membros de grupos armados, morreram em incidentes de violência envolvendo as forças de segurança e também cidadãos civis de Israel.

*Com informações da AFP


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